03 fevereiro 2020

Vírus, assassinos invisíveis

O menor dos assassinos.

Estão por toda parte, no ar, na água, em todas as coisas vivas. Eles são a menor e mais simples forma de vida da terra. Sabem como entrar em nossos corpos, raptar nossas células e enganar nosso sistema imunológico.
Os vírus são antigos, podem ser mais antigos que qualquer outra forma de vida.

São pacientes, podem esperar séculos por uma célula, ficam entre a vida e a morte. O único objetivo deles é se reproduzir. É uma forma de vida que não consegue existir sozinho, ele só consegue fazer isso usando uma célula.

Vírus (do latim, virus, veneno) são agentes infectantes de células vivas, causadores de doenças em animais e plantas, e capazes de atacar outros organismos mais simples, até mesmo bactérias.
Atualmente, os vírus são quase sempre reconhecidos por letras ou siglas. Temos como exemplo o vírus causador da AIDS chamado de HIV (Human Immunodeficiency Vírus), o causador do papiloma chamado de HPV (Human Papiloma Vírus) ou alguns vírus que atacam bactérias, os fagos ou bacteriófagos, batizados como T2, T3, T4, etc.

Os vírus eram difíceis de se detectar, até o mais poderoso dos microscópios ópticos conseguiam aumentar 2 mil vezes apenas. Nos dias de hoje com microscópios eletrônicos que conseguem aumentar 7 mil vezes o tamanho podemos identifica-los com perfeição, podemos vê-los tanto que parecem enfeites de arvores de natal marciana.

Os vírus não possuem organização celular, apenas uma estrutura molecular. Essencialmente, são moléculas de nucleoproteínas auto-reprodutíveis e com capacidade de sofrer mutações. Essas duas características são típicas dos seres vivos. Todavia, como não possuem organelas capazes de lhes permitir a obtenção, armazenamento e utilização de energia, só conseguem subsistir no interior de células vivas, de cujo equipamento funcional se utilizam para obter tudo de que necessitam. Fora de células vivas eles se cristalizam e podem manter-se num vidro, por tempo indeterminado, como um sal qualquer se mantém. Postos em contato com novas células hospedeiras reassumem imediatamente sua atividade. Por isso, todos os vírus são necessariamente parasitas intracelulares e não podem ser cultivados em meios artificiais.

A sua estrutura é formada por uma cápsula de natureza proteica e um miolo formado de ácido nucleico. Esse miolo pode conter uma molécula longa de DNA (vírus do herpes, adenovírus, bacteriófagos e outros) ou de RNA (da gripe, da poliomielite, da AIDS, do mosaico do tabaco, etc). Não são encontrados DNA e RNA em um mesmo vírus.

Alguns vírus, como os bacteriófagos, atacam as células injetando-lhes o seu ácido nucleico. Outros penetram por inteiro na célula hospedeira, como faz o vírus da gripe. No protoplasma da célula atacada, o DNA ou RNA viral se reproduz, utilizando os nucleotídeos da célula. Depois, ainda se valendo do equipamento enzimático e da energia fornecida por moléculas de ATP dessa mesma célula, os provírus já formados (partículas virais em formação) roubam-lhes os aminoácidos para a fabricação da cápsula proteica. Rapidamente eles se reproduzem dentro da célula, originando vírus completos, que a destroem e partem para atacar outras.

Na espécie humana, os vírus determinam numerosas doenças (viroses) tais como hepatite infecciosa, poliomielite, herpes, varíola, febre amarela, hidrofobia, gripe, AIDS, febres hemorrágicas (ebola, dengue), certas pneumonias e encefalites, rubéola e as habituais viroses de infância como sarampo, catapora ou varicela e caxumba, entre outras.

Temos a gripe que ganhou nome de influenza porque os italianos acreditavam que ela era causada pela influência dos astros e planetas.
A varíola foi a primeira a ser reportada na literatura chinesa, há 3 mil anos, hoje está extinta.
O HIV, é um retrovírus que ataca o sistema imunológico causando eventualmente a síndrome da imunodeficiência adquirida. Desafia os pesquisadores, é um daqueles da família de RNA com sua rápida mutação.
A célula alvo não precisa ser humana, nem mesmo animal, para se propagarem.
Em 1918 houve uma pandemia, a gripe espanhola, um dos piores desastres causado por vírus. Pelo menos 20 milhões de pessoas morreram no mundo todo.
Cientistas descobriram a vacina e prometeram defender o mundo das doenças virais, mas não foi tão simples assim.
As vacinas são substâncias, como proteínas, toxinas, partes de bactérias ou vírus, ou mesmo vírus e bactérias inteiros, atenuados ou mortos, que ao serem inoculados estimulam o sistema imune a produzir anticorpos contra aquele agente infeccioso.

Alguns grupos recebem nomes especiais como arbovírus e retrovírus. 
- Os arbovírus (arthropod-bornvirus, vírus oriundos de artrópodes) são transmitidos ao homem e outros mamíferos por meio de insetos silvestres. São exemplos o da febre amarela e o da dengue, que são transmitidos por mosquitos do gênero Aedes.

- Os retrovírus são aqueles cujo miolo de RNA tem de formar uma molécula de DNA na célula hospedeira, a qual vai presidir a reprodução de numerosas cópias do RNA viral. O vírus da AIDS pertence a este grupo.


Os coronavírus são um grupo de vírus de genoma de RNA simples de sentido positivo (serve diretamente para a síntese proteica), conhecidos desde meados dos anos 1960. Pertencem à subfamília taxonômica Orthocoronavirinae da família Coronaviridae, da ordem Nidovirales.


Imagem da Wikipedia


A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida. Eles são uma causa comum de infecções respiratórias brandas a moderadas de curta duração. Entre os coronavírus encontra-se também o vírus causador da forma de pneumonia atípica grave conhecida por SARS.


A epidemia de pneumonia por novo coronavírus de 2019–2020, também conhecida como coronavírus de Wuhan, epidemia de pneumonia na China ou pneumonia de Wuhan, começou em 1 de dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, no centro da China, com um grupo emergente de pessoas com pneumonia de causa desconhecida, ligadas principalmente a vendedores ambulantes que trabalhavam no Mercado de Produtos do Mar de Huanan, que também vendia animais vivos. No entanto, o vírus não mostrou a mesma gravidade do SARS.

* o texto em itálico pertence ao documentário do Discovery Channel


3 comentários:

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